20090124

Oi, tudo bem? Eu não quero saber como você se chama, obrigada. Até mais.

Cada vez que eu vejo as pessoas pelo meu monitor tenho tanta vontade de estar distante de todas. Mas distante de todas mesmo: das queridas, das médio-queridas, das neutras e das quase-desconhecidas. Na verdade, as que menos me preocupam são as quase-desconhecidas. Porque delas eu não tenho nada: não tenho memórias e não tenho apegos (eu só tenho medo). Do resto todo, principalmente as mais queridas, eu queria estar apagada.

Eu quero desligar a minha memória.


As pessoas que hoje me fazem feliz eu quero apagar logo (não se apega! apaga!). É bem porque elas serão só parte da minha memória em breve. E esse 'breve' sempre repetido, somado e sobreposto.

O esquecimento tarda demais.

Eu não aguento mais ter que esquecer. Eu não aguento mais trocar de sentimento como se fosse de pele ou de máscara. Eu não aguento mais essas pessoas que sentem. Eu não quero mais ser humana. Eu quero achar o botão de amnésia. Ou virar uma boneca de pano ou um macaco de pelúcia.

Umas idéias me bicam!

(Eu preciso dar um jeito: não querer conhecer as pessoas, parar de agir como humana: louca como qualquer humano louco por humanos ainda mais loucos. Ser sozinha poupa e rende até um suco de fruta refrescante para o verão. E de companhia bastam os pés dos sapos e os pés dos coiotes.)

2 comentários:

Tati P. disse...

"Eu não aguento mais ter que esquecer. Eu não aguento mais trocar de sentimento como se fosse de pele ou de máscara."

De uma hora pra outra, as coisas, mudam, as pessoas mudam de pele. E a gente fica como? Estáticas. Paradas. Não se sabe nem onde parou. Só se sabe que não vestem a mesma pele, que não parecem mais. E sei lá... as pessoas são tão confusas, eu também queria a solução.

Tati P. disse...

opa, esqueci que a confusão está em mim também.