20071129

7.1 Movimentos leves
7.2 Comunicar-se em silêncio
7.3 Gentilezas

20071125

esta tristeza pouca não chega à infelicidade

A minha tristeza me força pensamentos incertos, eu fico ainda mais insegura de olhar pela janela e quem sabe ver o que espero tanto, mas infeliz em esperar. Que não demore, que venha logo isso que já sei: como qualquer coisa que já foi e segue de novo, sempre de novo. Feliz de quem é triste e sabe que as coisas sempre pioram e assim, não se entregam a qualquer infelicidade, porque infelicidade tem que também valer no mínimo alguma sabedoria para encarar a próxima infelicidade, e que esta, seja pior, para então valer também. Não me entrego a infelicidade qualquer, tem que valer cada ânsia. E sempre mais.

20071123

descontextualizar; fechar aspas nunca abertas; PASSAR; ouvir o som do metrônomo em diferentes freqüências; chorar a seco; pesar; forçar a cabeça para frente e ficar tonta; lacrimejar o tempo necessário para avermelhar o rosto; bater com a ponta do caderno-capa-dura na perna; molhar as mãos

20071121

O ar parece espuma de tão aconchegante. Já são nuvens e horas de se deixar abraçar por todos os lados: sem olhar pra vida, pro espelho e pra baixo - sem pensar. Deixar-se.

20071111

Vou dormir em Indaial hoje.

Quando o mar me vem a cabeça, logo penso nele sobre mim.

Ele me afoga, mas dali em diante eu já ter passado por ele faz-me saber passar melhor. Eu sei lidar com o mar, assim como sei onde ele vai dar depois que passar sobre mim: não vai a lugar algum, vai ficar assim: em redundâncias. Então, eu vomito o mar - e junto dele toda a amargura da minha vida.

Não sei as pessoas e não sei eu.