20121002

26/09 1 - Ambrosia

Sonolenta, assento meus sustenidos e disparo insistentes sulfites aos alfaiates:

Disse eu - Quero essa linha em tracejo por cima desse órgão de bocejo, por menor que seja a superfície, nem que permita só um risco. Disse ele - Certo, nem que seja incerto e passante, translúcido, translúdico, transpúdico, suspiro. Disse eu - Ambrosial, que seja uma torta de mousse de chocolate ou de limão, que se lance em dia de domingo. Disse ele - Que se sustente, mesmo que pause em pipas ou bicicletas, salte de cilíndricas canelas em cravos pontiagudos, desapontados, permanecidos, rotacionados, filetados, tão assados que só eles... Disse eu - Confeitados e açucarados, resgatados aos mirtilos, aos mistérios que nos são sóis.

E ficaram os dois: formigando aos doces, papeando a sós, num sol bemol, na tecla destacada do piano do dia.

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