20081107

engolir graça

Volta e meia (ou meia volta ou volta inteira) a minha concentração se (re)volta (meia ou inteira) pra pensamentos longínqüos sobre abraçar e pedir desculpas (meias ou inteiras) e começar de um zero que nunca existiu mas sempre se fez de conta. Que pensa meu inconsciente(?) pra me fazer tontear em minúcias acontecidas no passado (que nem se quer, hoje, existiram sem fatos-registros), ter ânsias de vomitar frases finas e compridas de amor-louco e desejos de sair correndo atrás com as mãos e braços livres pra abraçar tão forte e apertado até todo ar acabar e sobrarem só as vísceras para serem vomitadas (tão misteriosas e invisíveis) que eu veria e sentiria o que é essa coisa que ainda não está completa dentro do meu corpo? Por muitas vezes me disseram (e ainda me dizem vez ou outra): "não corre atrás (nem meia nem inteira)!", mas sempre de um jeito "nunca corra" em negrito, como se correr fosse piorar em múltiplas e incontáveis vezes meu estado de ser e estar (pros outros, não pra mim). Acho que a negação de orgulho me explica (como pessoa que corre e abraça): o que acontece é que quando, em últimas circunstâncias, o orgulho se manifesta de mim, ele vai à força pra fora do meu corpo, num estado de choque e tristeza.
Eu tenho coração de maria-mole, mas ninguém me engole.

2 comentários:

Maika Pires Milezzi disse...

eu sou orgulhosa...
bastante até

(e me orgulho muito disso, ta?)


:P

Naiara Lima disse...

e nós, continuamos, revoltadas escrevendo. escrevendo revoltas.

ou seja lá o que queiram interpretar.