20120521
entre as suspensas prosas
relato e convenho, pratico injúrias e cítricas plenitudes pessoais, reparo brevemente e me retiro até a parede: que me esvai, me enquadra em andamento afirmativo, sim senhor. estamos aqui, sentados, pálidos ou bronzeados, ricos alfanuméricos, pressentindo um mar de ventania, bobeando, babando, brotando das cobertas geométricas. colírios são eles que nos pressionam: cóleras, coleiras, pulgas e alpargatas. eles não existem senão como grãos semi-visíveis: cintilantes, crocantes, abóboras. minha pele me coça, me ossa, me mira em mim mesma. molhados os olhos, me viro pra noite: converso comigo e me abraço, não me derrubo em desgosto, tenho liga e me embaço.
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