20081031
fio-farpado
Não adianta acabar com ela, ela não vai, ela nunca vai (nunca mesmo!). A única coisa que ela vai é estar sempre ali, esperando um fio de memória, e desta vez, então, ela vai puxando e puxando até arrastá-lo com ela. Ela puxa forte. Tão forte que arranha. O fio é arrastado por onde ela quiser. Pelo corpo todo se ela quiser. Faz doer o que achar melhor. É como se fosse farpado. Um fio-farpado. Uma memória-farpada. Que está e estará ali ainda depois. Grudada. Mesmo que ela seja escondida, ela não morre e não evapora. Ela é de fio grudado (como eu disse antes: grudado, grudado e grudado). Um fio grudado e farpado. Grudado em todo resto. Mas mesmo assim, falando meio pra dentro, um dia poderá existir um jeito de dissolver farpas. Ou mesmo escondê-las ou transformá-las. Usar-se delas como ponte ou base. Algo assim. Ou alguém.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário