20081031

suma!

Acordo lá pelas tantas da madrugada, arrasto meu sono até o banheiro e tomo um banho de começo frio com fim morno, arrumo meu cabelo devagar até parecer bonito ou desarrumo meu cabelo rápido até parecer bonito, corro para quase perder o ônibus e me esmago entre as pessoas: uns olhares pra cá, outros pra lá, algumas curvas enjoativas, pensamentos e pesamentos na cabeça: cliques, muitos cliques pesados à mão livre: a tua presença na minha cabeça pesa e a minha cabeça pende prum lado e depois pende pro outro, ela fica em movimentos de quase-cair: eu a vejo cair e rolar entre os pés de cada um que pensa, mas não com os pés: em coisas que não são ditas, em coisas que não são ditas mas poderiam ser e em coisas que foram ditas, que são ditas ou que serão ditas (as vezes ali mesmo pra algum outro pensante-pesante): de jeito irritante e ininterrupto: tua presença na minha cabeça: sendo tu algo e não alguém: vegetal e não-humano, comível (palpável) e não-poupável: nada que não se possa criar em qualquer lugar (assim como fungo) ou se achar criado por luz alguma ou por sombra: por todas as vezes dispensável e invisível: essa tua mais querida fase-vapor desmaiada em mim: (ela é tua, mas fui eu que ventei dentro).

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