20070609

Nublo-mê!

Meu pavor de janela não depende mais de mim, depende dos cheiros. Tenho pavor de cheiros; não obstante, pavor de janela. O inverno faz com que minha casa feche os cheiros e a janela. Não consigo gelar-me mais, e mais, e mais, ao que o inverno gelou-me hoje, infinitamente fosca. Nublo-me, nublo-me, nublo-mê!

Deitei-me e espiei (-me n) o céu. Um quadrado de céu azul, variado de nuvens e cinzas humanas, tapando meus desconcertos para o futuro, que já me bastavam por não serem; insatisfeitos, sumiram.

Marimus. (Não sei que graça vejo em escrever as palavras ao contrário. Parecem-me bonitas, inacessíveis, insaciáveis, espontâneas. Como se eu estivesse a escrever códigos, como muito bem eu fazia, uma vez, ou algumas muitas, em Indaial.)

Meus dias aparecem sempre mais pra mim, um tanto ou dois, chatos. É, insignificantes e chatos. São nublados de sabor e evitados de cheiros. Insuportáveis cheiros.

(Estoy hablando, freneticante, cosas absurdas. É b de vaca ou b de boi?)

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