20070611

Me-em excesso

Gente!(?) Só falo de mim, só falo de mim, só falo de mim (...)
Como se eu não falasse nada, falo comigo mesma, como poderia falar de qualquer outra coisa?
Nasci comigo, sou eu e falo comigo de mim.
Talvez, talvez não, suponho uma grande certeza nisto: sou tão sem mim que me tenho em excesso!
Ando ficando com lógicas ____________________.

Concretas são as minhas vidas sem mim, Alícia. Não vês? Vejo tudo como se fosse pálido e gélido. Foi pálida e gélida que me encontrei. Olho demasiadamente pro céu, que não me oferece nada... Ah não, o Sol. O Sol me cega, nubla-me (conheces hein?), o Sol faz um ninho em mim. Eu ouço o Sol tão, mas tão alto e agudamente insuportável, que me estremeço, danço-me em mim rápido; giro, giro, giro. Eu olho e não vejo nada, poxa! Que direito eu tive de fazer comigo, isso?
Não conheço uma paz que me descanse, now. Ah, claro que conhece, Alícia. Não vem colocar pato pra fazer Yoga no rio Vermelho! Sabes então, aquele silêncio que me tomaste outro dia? Vi-o passar, esqueceu-se de mim. Quero meu silêncio de volta, Sol! Sol! Sol!

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