20100502
Continuei o dia com cara de choro, com um sorriso de comédia romântica e com um café gritando na minha cabeça em som de burburinho.
Hoje eu ouvi meu café enquanto assistia uma comédia romântica com cara de domingo. Porque deve-se concordar que domingos e comédias românticas tem uma relação estreitíssima. Isso quando não se sobrepõem sendo praticamente inseparáveis. Aliás, assistir comédias românticas em dias de semana é querer transformar os dias em domingo. Imagine uma semana feita só de domingos!? (Sempre choro aos domingos, nem que seja só por dentro.) Mas eu ouvi mesmo meu café, até me assustei a princípio. Era um burburinho, parecia que eu estava com o mp3 player ligado com os fones pendurados no pescoço. Chequei se o mp3 player estava por perto e ligado, mas nada. Aí resolvi continuar a beber o café e o burburinho ali, no meu ouvido. (Ou pendurado no meu pescoço.) Não, não, descobri que o burburinho vinha da xícara branca. (Pelo menos não eram os fones que estavam na xícara branca, num chá de fones de ouvido.) Fiquei por um tempo ouvindo o café, mas ainda estava desconfiada que o burburinho vinha mesmo do café, porque eu estava assistindo o filme, não estava tão silencioso assim para que o ouvisse. A não ser que o café estivesse aos berros dentro da xícara. Acho que foi isso que aconteceu. O café devia estar desesperado. Só não consegui compreender pelo quê. Por que um café se desesperaria num domingo? Será que ele chorava junto comigo? Foi que o bebi bem rápido com a pretensão de que ele se calasse. Ou gritasse só por dentro pra não aborrecer o domingo inteiro. Fiquei com uma pontinha de dor de cabeça, só pode ter sido ele desabafando por dentro de mim.
20100429
20100428
Uma montanha de coisas nunca sai da beira, nunca cai com tudo.
Estou caminhando lentamente porque estou à beira desistir de vez da coisa viva, que tanto caminha e nunca cai com tudo. Bebo açúcar com café, isso pra ter noção de que estou desistindo mesmo dessa coisa toda, até do café e da beirada da xícara. Confesso que sempre bebi açúcar com café, mas julguei dramático-importante colocar que mesmo que isso nada tenha a ver, acontece e, por isso, pode ser dito em relação. Talvez seja um agravante do caminhar, porque suspeito que há muito tempo quase-desisto. Acho que eu me apóio demais nos quases. Mas em relação ao café: quanto mais açúcar no café, menos café e menos espaço na xícara (até que a beira forme um plano com o açúcar). Se o açúcar for movediço vai ser quase um desafio continuar na beira,
20100419
20100416
20100407
20100329
20100315
outracoisa
se o quasefala parar não significa propriamente que ele tenha ficado mudo de pensamentos, mas de repente que o mundo dos pensamentos tenha resolvido enfim falar. contudo, pode ser que as quasefalas não se matem em falas nem matem pensamentos, mas com simples quasefala tenham se permitido agora mudar de mundo. (ou mudar o mundo/deixar o mundo mudo)
20100310
20100307
20100304
20100303
Faz frio pelo menos?
Nem te conheço e já te conheço, a minha cabeça deve ser como um mini-mundo pra morar.
O verão é enxaqueca e o inverno cachoeira, quando venta é porque pensei e não falei. O mar só enche quando tenho gripe e o ar só vence quando tô sem crise. Se chove é porque chorei pra dentro, se chorei pra fora é verão sem vento.
Te guardo na minha cabeça e na tentativa de te ver tenho soluços, porque o soluço é o começo da solução, devo começar a tossir em breve.
!?
meio medrosa tentei medir meus medos bobos, mas eles são medonhos e sem medidas mesmo. molhei meu rosto e arrastei meu molho, malhei meu olho e arranquei meu alho. moraria na moradia de maria caso maria fosse uma só. misturar os sentimentos embaralha os pensamentos:
- eu te amo! quem és tu?
20100302
tereza triste
t e r i s t e r e z a
t e r e z a t e r i s
t e r i s t e r e z a
t e r e z a t e r i s
t e r i s t e r e z a
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