e eu ainda pertenço aos graus espaçados.
20120709
por que amamos?
enquanto espancam as paredes do apartamento vizinho e martelam sem dó as cabeças em volta, enquanto os arquivos não abrem por error eorr oreoroore eorrorr eeorrr error, enquanto o cachorro tenta dormir alternando um olhar em mim e um olhar na parede que tanto batem; e aqui um parênteses: batem nessa parede há dias! enquanto caminho para uma enxaqueca aleatoriamente criativa ao esperar uma noite silenciosa e longínqua, tenho me fixado um pensamento abismal: por que amamos? seriam as marteladas, o error ou o cachorro com olhares alternados que me fariam pensar sobre isso?! o que me faria pensar sobre isso? por que amamos, céus macios, bocas moles e pernas bambas-bombas, por quê? é de trovejar as piscadas é de piscar os trovejos e no meio disso os maracujá-melões: melão por fora e maracujá por dentro. em ânsia de rocha que não pisca há séculos-luz, em luz que não ansia piscas em rochas seculares. um amálgama maluco em plena segunda-feira: descascadas as vértebras da parede, apunhalada sua pintura, sua partitura ofegante afoita fútil. um tremelique de choro, de coro de inambu. um embirro de bicas, de plicas, de lêmures, salpicas.
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