20120729
Me não. Me.
Não me incomodam mais os esfomeados, nem as chuvas de terras ou as mentiras amadas; nem me conquistam mais os queridos falados nem as meninas trombetas, muito menos os ensopados bocejos ou os bonitos carcomidos: me guardam lisas batatas, faceiros risotos e plantas bailantes; me choram os carnavais, os chacais e as cintilantes; me pairam céus, nuvens e peles secas; me gritam; me irritam; me chocam. Me vivo de mármore, de pouco-em-pouco me morro. Me assombram os mitos, os cílios e os cavalos. Me sobram. Me comem. Me mandam. Não me despeço de bobagem; não me conheço; não me paisagem. Me lindam, me minguam. Saiam todos, me deixem sair; só.
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