20111127

Um chão que desordena o que eu piso.

O piso sorrateiro em lua nova, em prosa síria. Síria de pão, de lânguida chimia: do ovo ou da avó; da vida ou da viúva; do vidro que se esmiuça contra o desatento da cachorridade. Cachorridade é a humanidade, só que do cachorro. Nem todo homem é cachorro, evidentemente. Tem aqueles que só pisam, que passam a vida pisando. Que pisam a vida passando e tudo o mais. Tem cachorro que vaia, tem cachorro que vai. Tem tudo que é cachorro no mundo. Tem muito mundo: tem mundo miúdo; tem menta mimada e molho amado. Tem molhado e tem milhado. Tem tudo que é coisa. Só pera e espera, só para e repara. Só somente só. Lá somente lá. Si somente si. Dó semente dó.

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