20110402

aos dias secretos

ser segredo, hoje cedo. murmurar penumbra atrás da porta até que a curta ladainha fique morta. pormenores e por ronronares, pratico lenços, lisuras e fatias em paladares. calcanhares são os teus macios. aos ares, aos pares, aos mares. restando pular em ruídos fiados, desmanchados e estremecidos. são as coisas de tanta fuga, de tanto rijo. viajar a dissipada situação de um passado inóspito. sem acesso algáceo que oscile ao cetáceo. sem peso, mar ou fôrma. sem fissuras nem salpicos ou tonturas. são as coisas assiduamente aborrecidas, precisamente desprovidas, fugazmente corrompidas. são as tímidas trombetas, os estrondos que. são as coisas secretas das manhãs, os sonhos repousados no cinza dos dias e nas não-memórias espontâneas.

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