20080130

: são as pessoas

Tem dias que eu imagino coisas e sinto ser verdade. Eu falo comigo mesma sobre o que está acontecendo, porque não posso falar com mais ninguém sobre o que só acontece pra mim. São contextos, inúmeros. É medo. Assim: eu imagino (sem ser racional, eu sinto) contextos e dou vários fechamentos, que na verdade não fecham, possibilitam outros/eu choro/eu me sinto a pessoa mais feliz do mundo - naquela sensação de névoa(de melhor-coisa-do-mundo -/eu os vivo (só comigo) como se fossem verdade, para, então, não sentir necessidade de viver com outras pessoas. E, então, o meu medo: as outras pessoas. Não o que elas vão pensar sobre os meus contextos, mas o medo de elas saberem que tudo está misturado: o que é real e o que é de voltar atrás pra viver de novo de forma diferente. Meu medo é de elas não conseguirem, e então, eu acabar perdendo-as em alguma realidade que era só para experimentar.

As pessoas são difíceis. Elas são a maior barreira da minha vida. Todas (não as barreiras - as pessoas).

Eu não as sei, ao todo. Eu nem sei eu, ao todo.

É a minha vontade de viver a mesma coisa de diferentes maneiras. Eu preciso ser triste também, por exemplo. Mas as barreiras (as pessoas) vão me achar (não me importa o que elas vão achar, mas a conseqüência disso) uma chata se eu inventar tristeza só pra chorar bonito. E, por conseqüência, eu as perderia. E, perdendo as barreiras da minha vida - da minha pessoa -, eu não teria mais o prazer de ter medo. E, então, o prazer de viver as coisas duplamente, triplamente (...) também seria perdido.

Hoje eu acordei perdida. Confusa do que é realidade e do que não é.

Eu vivi duplamente com uma pessoa. Eu quase a perdi. Foram testes não conscientes. Hoje, eu percebo tudo no sentido de invenções de experimentar. Foi muita coragem enfrentar assim o medo, como se ele não tivesse o poder de tirar essa pessoa de mim. E dessa vez ele não teve.

Tenho medo também (da conseqüência de perder as pessoas) de escolher a pior (no sentido de qualidade de ser pior, que dependendo da nececessidade da situação, pode ser uma coisa boa) alternativa para ser experiência da vida real (que está amalgamada com as minhas imaginações, por isso a confusão da minha cabeça).

Meu coração quer saltar de mim.

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